sábado, 18 de abril de 2009




... estou posta ao chão,
por favor não me pisem,
ainda quero conseguir ver o pôr do sol,
com tanta intensidade quanto aos que lho enxergam
sem realmente vê-lo!.
Preciso acordar do doce ilusório cais da vida
que insiste em apavorar-me como um medo infantil.
Quero viver longe da terrível dor que assola meus dignos sentimentos.
Necessito do teu terrível afeto!
Por favor me avise quando estiver acordada desse ( pútrido ) estado de coisas.
És tu o intenso invento fortuito dos meus desejos fluidos em águas baldeadas, sim !, porque quando te quero beber inveneno-me.
Te gosto simplesmente porque amo a mim e não a ti.
Sou minha por excelência e vitalidade.
Um dia talvez saberás que sou nua para ti, mas lembro-te que poderás ficar sóbreo demais e se esconder na imensidão de paredes de ferro fundido que nos atrapalham enxergar o valor do nosso amor.
Te odiei por centenas.
Te amei por nada e sinto que indeferes a sentença que te apraz relutar em sentir e dizer-me a mim certas palavras.
Doce maio de um ano que morreu.
Eras tu o meu apogeu.
Tão pequeno quanto intenso e voraz quanto amável.
A infinda amarga ilusão dos tempos remotos de outrora reluta em rememorar lembranças ingratas.
Como se bastasse a mágoa, respinga hoje a pisada amarga, vívida e revoltada à única época em que o os nossos líquidos emanavam à um só tempo.
Voar é a sensação mais precisa para esse atual momento.
Preciso ir.
Tenho que te ver e encontrar-me ali,
ao alto do cume dos meus próprios sonhos,
idealizações naturais e particulares de uma vida desgostosa e rude.
Se não consegues ver então olha para dentro de ti mesmo,
afinal sempre será o lugar mais fiel do mundo.


Sarah Canti.

;)
TODOS OS DIREITOS DESTE TEXTO ESTÁ RESERVADO À SARAH CANTI.

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